quinta-feira, 29 de abril de 2010
"POBREZA + VIOLÊNCIA = FALTA DE PERSPECTIVA DE FUTURO"
Acabei de ver um programa ótimo na TVCultura. É o Cientistas do Brasil, da Univesp TV, com Ederson Graneto. O tema de hoje foi o desenvolvimento e a desigualdade no Brasil.
Os participantes, doutores e cientistas de áreas como estatística, economia, educação, discutiram o momento atual e deram algumas diretrizes de políticas públicas para o futuro.
Fiquei fascinada com o questionamento que a doutora em Educação, Wanda Engel Aduan (de quem ouvi a frase do título do post), colocou no ar: "Como essa educação atual vai se transformar em política pública, no futuro próximo?".
Achei bárbaro. O questionamente disparou uma enchurrada de teorias e conexões em minha mente, porque o fundamento da questão se referiu ao fato de que apesar das políticas sociais que dão um certo alento às famílias pobres e propicia ao Governo acompanhar o desenvolvimento economico e social de famílias pobres, não há uma convergência de objetivos dos diversos ministérios que fazem este acompanhamento e mais, como resolver essa equação se, hoje, cerca de 50% dos alunos que ingressam no ensino fundamental não concluem o famigerado ensino médio?
O assunto é delicadíssimo e realmente requer um envolvimento da sociedade civil com o Governo para que a coisa começe a vislumbrar um plano de ação para que a questão seja desenvolvida assertivamente.
Um dos dados colocados pelos entrevistados foi de que o Estado gasta cerca de R$ 1.700,00 reais por MÊS com um interno da Fundação CASA enquanto o mesmo valor é gasto, POR ANO, com um aluno na rede regular de ensino. Como permitimos que isso aconteça, eu me questionei.
Se o ensino de qualidade é um agente para o decréscimo da desigualdade, como e de que forma o ensino atual pode ser transformado em agente desta evolução que irá culminar com políticas públicas efetivas para combater a desigualdade e principalmente, gerar o desenvolvimento sustentável do país?
Penso que todas as políticas tem como ponto de partida o conhecimento do problema, ou pelo menos o questionamento para diagnóstico, então, apesar das previsões otimistas de que se o Brasil mantiver pelos próximos 5 anos o crescimento que demonstrou nos últimos cinco, será real e mensurável o decréscimo da desigualdade social, e aí chego no ponto que queria chegar, em que se algo não for feito para melhorar o ensino, e quero dizer QUALIDADE REAL E MENSURÁVEL dessa melhora, todo o processo desenvolvido até aqui se perderá.
Mas aqui, neste blog, é fácil eu colocar minhas questões. Eu digito e perpetuo virtualmente minhas ideias. O que poderei fazer no mundo real para iniciar ou ser agente dessa transformação? Alguém tem uma opinião sobre o assunto?
Beijos e até mais!
Imagens e ilustrações da web
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