domingo, 16 de maio de 2010

O Sempre pode ser também para a Eternidade

Puxa, que dias corridos!

Por que temos que passar os dias sempre tão atarefados e cheios de compromissos que tanto nos consome?

Que saudade das tardes de domingo em que passeava pela vila com minhas amigas na única e exclusiva missão de encontrar mais amigas para fofocar. E encontrar alguns meninos para paquerar pelo caminho, é claro.

Não era muito "paqueradeira", para não dizer galinha. Gostava era de observar minhas amigas cheias de caras e bocas para impressionar os meninos porque eu sempre fazia o papel de cupido e sempre podia conversar a vontade com os gatinhos, enquanto elas se rasgavam de inveja por eu sempre receber um beijinho deles quando a gente se encontrava. Era tão bom aquele tempo em que passávamos a tarde inteirninha sentadas em frente do prédio em que eu morava, vendo os carros passando, e só falando, falando...


"QG" da turma na minha casa - Edifício Camila, na Vila Paulicéia, em São Bernardo do Campo

O sempre, que eu repeti muito no parágrafo acima era constante naquela época. Sempre era eu que recebia as amigas em casa para tardes sem fim de conversas, sempre eu que ouvia as alegrias e tristezas, as conquistas e derrotas, enfim, sempre a Karina.

Ainda hoje, aquelas amigas estão comigo. Sempre tem um telefonema para dar um alô, ou mesmo para desabafar. Cada uma foi para um lado, mudamos. Mas o que não mudou mesmo foi a amizade. Essa sempre persistiu em nossa turma. Carla, Marcinha, Janaina e eu. Um quarteto de arrasar qualquer quarteirão.

Nesta sexta (21 de maio) faço aniversário e entrei na semana de flashbacks. Por isso escrevi sobre a amizade e sobre um tempo muito bom na minha vida. É claro que depois daquela época vieram outras tão boas quanto, mas a adolescência foi especialmente marcante.

Foi nessa época que amadureci, que moldei meu caráter, reforçei minhas opiniões perante a vida, encontrei meu grande amor (que vive comigo até hoje e somos imensamente felizes), enfim, o projeto de gente que meus pais sonhavam virou uma pessoa real. E tenho orgulho de saber que não os desapontei em nenhum momento desta caminhada.

Muito boa essa retrospescitva. Acho que vou escrever mais nesta semana. Preciso revirar o baú da memória. Até mais!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

"Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até o ultimo instante seu direito de dizê-la. Voltaire"

Nesta semana estava lendo o blog Reunião Pauta, do Salatiel, meu professor ad aeternum, e o post que ele colocou intitulado "Doze Mandamentos da Crítica" me remeteu a um passado não muito distante, e me fez refletir sobre minha postura na época, quando tive que lidar com uma crítica.
Hommer Simpsons - "O Grito"
O momento era de mostrar tudo o que eu sabia sobre o assunto que estava explanando, mas o nervosismo e a falta de experiência me fizeram escorregar na maionese e uma pessoa aproveitou minha fraqueza, tão exposta e visceral naquele determinado momento, que discorreu sobre minha fragilizada pessoa uma verdadeira verborragia.

Foi assim que aquelas me pareceram na época. Tão sem sentido e sem razão de ser, que me abati e até hoje não peguei aquele trabalho. Sequer voltei a olhar para ele.

A crítica acabou comigo. Confesso que me preparei para ela, mas não da forma incisiva e pouco prática, como foi colocada. Não tenho mágoa, não. Apenas observo, sob minha própria ótica das coisas, claro, que para o momento em que elas (as críticas) vieram, foram pouco práticas e só me constrangeram. Não me acrescentaram, entendem?

Assim, quando vi o post do Salatiel, pensei no ato: Se houvesse lido isso antes daquele episódio, teria me preparado de outra forma e talves a história fosse outra.

Reflitam também sobre o tema, e não deixem de considerar que a crítica, é o ponto de vista de quem vê.  Olha só os doze mandamentos do Salatiel.

Para quem faz a crítica.
  1. Seja receptivo.
  2. Seja paciente, jovem padawan.
  3. Seja humilde, você não é um gênio da raça.
  4. Tenha equilíbrio: por pior que esteja a coisa, sempre há alguma qualidade para destacar e estimular.
  5. Seja duro, mas não perca a ternura, jamais.
  6. Tenha critérios objetivos: não se trata de questão de gosto, mesmo que envolva arte.
  7. Tenha fundamentos, para tudo o que afirmar.
  8. Se esforce para entender as finalidades do autor.
  9. Se esforce para ser claro.
  10. Exercite a ephoché - criticar não é fazer julgamentos de valor.
  11. Se não tiver tempo, melhor dar uma desculpa qualquer.
  12. Lembre-se: as melhores críticas não somente apontam erros, elas apontam horizontes.
Para quem recebe a crítica.
  1. Seja receptivo.
  2. Seja humilde, você não é um gênio da raça.
  3. Não economize esforços: se não estiver disposto a recomeçar do zero, é melhor desistir.
  4. Não reclame, nem chore: não vai adiantar.
  5. Por pior que seja a situação, sempre agradeça: quem fez a crítica ouviu você. Isso é raro.
  6. No pain, no gain: quanto mais colorido, rabiscado, amassado e escarrado seu paper retornar, melhor.
  7. Se a crítica for arrogante, ignore. Recolha os cacos e siga em frente.
  8. Esteja preparado para o pior.
  9. Se receber somente elogios, acenda a luz vermelha.
  10. Se o paper voltar incólume, acenda a luz vermelha.
  11. Receba bem os elogios, você merece, jovem padawan.
  12. Corra atrás de todas as referências bibliográficas sugeridas. Siga o coelho, Alice!
Ele ainda diz:
"E lembre-se: vivemos na periferia do universo; habitamos um monte de lixo estelar à deriva na borda da galáxia; somos inquilinos barulhentos, recentes e com prazo de locação a expirar; e perdemos feio para as bactérias no jogo da evolução. E ainda: a razão, algo muito escasso e demasiado falho, às vezes só atrapalha nossa existência. Mas é com ela que pesamos as estrelas."



Kisss

Ilustração: da web

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A dor da partida e a certeza do reencontro

Como mensurar a dor da perda de uma amiga?

Como expor toda a dor da falta, da presença física?

Como entender que os sonhos e esperanças se acabaram e que o que ficará serão apenas lembranças e aquele lancinante sentimento de que a injustiça existe e de nossa impotência diante da morte é algo que não poderemos mudar?

A Juliana Augusto, jornalista sonhadora e batalhadora, que escrevia o blog Quase Tudo Sobre nos deixou neste domingo, numa linda manhã de domingo como ela tanto gostava, cheia de sol e com aquela brisa mansa repleta de som: dos pássaros, do mar, das árvores...

No dia 17 de abril ela deixou um post sobre o que esperava da nova etapa para qual estava se preparando: a "passagem para os 35 anos de vida".

Sem mais o que falar, gostaria que vocês lessem o que ela escreveu, e também que refletissem.

Meu carinho, e principalmente, meu respeito por essa mulher que É Juliana Regina Augusto. Até breve, querida amiga!


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