De acordo com a estrutura institucional do Executivo de Guarujá, a economia do Município está baseada no turismo, no porto, na indústria, na pesca, no comércio e nos serviços.
Destacando o setor de Turismo, mais do que as belas praias, Guarujá tem atrativos naturais realmente deslumbrantes e cheios de encanto por serem recheados de histórias que marcaram nosso país.
A Secretaria do Turismo em Guarujá é “responsável pela articulação com a sociedade civil, representada por associações que compõem o trade turístico, para a melhor aplicação de suas metas, atendendo os anseios de munícipes e turistas”.
A secretaria ainda tem como competência desenvolver e aplicar a política do Turismo no Município, fomentando as diversas modalidades desta política pública, desenvolvendo ações de cunho turístico na alta e baixa temporada, de forma articulada com outras secretarias, tendo como focos a geração de emprego e renda.
A reportagem do Jornal A Estância de Guarujá esteve no calçadão da praia de Pitangueiras nesta semana e constatou que o guarujaense desconhece os esforços da Secretaria para incrementar o turismo na região e, o que é mais alarmante, não gosta de indicar os conhecidos pontos turísticos da Cidade e muitas vezes não sabe dizer quais são eles. A única resposta prontamente respondida foi como chegar às praias.
De tempos em tempos, alguns setores da sociedade e entidades ligadas ao comércio da Cidade debatem a questão, mas a verdade é que a população desconhece qualquer esforço por parte do Executivo Municipal quanto à questão de políticas para fomento do turismo em Guarujá.
Desde o início desta gestão, em 2009, a condução da pasta do Turismo é alvo de críticas por parte da população e das entidades de classe como ACEG, Guarujá Convention & Visitors Bureau, CDL, Associação dos Quiosqueiros, entre outras. A falta de projetos para resolver a tão debatida sazonalidade turística, criação de um calendário de eventos, entre outras questões, ainda estão em análise e estudos, sem previsão de algo concreto de realização, que vá beneficiar a economia da cidade e gerar desenvolvimento no setor, dentro do município.
Eventos e Comércio - pontos positivos?
Em contato com representantes dessas entidades, a realização de eventos como o Festival Guarujazz, Festival Gastronômico e Exposição de Carros Antigos foi destacada como pontos positivos para movimentar o turismo na Cidade. Por outro lado, vale ressaltar que estes eventos já fazem parte do calendário municipal, e não destacam uma identidade do povo da Cidade, como declarou o ambulante Leonardo Vieira Melo.
“Nosso artesanato, nossa pesca, nossa arte caiçara não é valorizada. Os grandes eventos do verão não têm a cara de Guarujá nem do seu povo. Os eventos realizados nos hotéis raramente duram mais de um final de semana e os hóspedes não saem pela cidade. Afinal, vão ver o quê?” questiona.
Em relação ao comércio, o munícipe desconhece o potencial e a importância que o Distrito de Vicente de Carvalho, segundo maior comércio varejista da Região Metropolitana da Baixada Santista tem para a economia da Cidade e consequentemente para o cidadão. Durante a reportagem no calçadão, algumas pessoas indicaram o shopping La Plage e shoppings de Santos, como opção de compras.
Guarujá também outros setores importantes e estratégicos ligados ao turismo. A Secretaria Municipal de Turismo ainda destaca que no setor pesqueiro, a cidade possui a maior comunidade de pesca artesanal do Estado de São Paulo, e ressalta que na região do Perequê, além da bela vista é possível comer deliciosos frutos do mar nos restaurantes localizados na avenida da praia. A reportagem do Jornal A Estância de Guarujá não conseguiu encontrar, entre os entrevistados no Perequê, quem conhecesse qualquer projeto por parte do Executivo para fazer da região, um pólo turístico. Quanto ao Terminal do Perequê, muitos não acreditam que o projeto será realizado. “É só em época de eleição que este projeto é lembrado”, afirmam.
Publicado no Jornal A Estância de Guarujá - julho/2010